segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A moda é descartar

Na era da praticidade, em que economizar tempo e ampliar os lucros é o principal objetivo da sociedade, nos deparamos com prejuízos como a destruição ambiental e populacional que assola a humanidade.
Criaram objetos descartáveis que facilitaram nossas vidas, mas também trouxeram muitas consequências nada agradáveis para o ser humano, como a poluição ambiental, onde os dejetos descartados demoram muito mais tempo para se decompor, e além do mais, esses objetos contribuem para a sedentarização da população que fica privada de preocupações tendo tudo ao seu alcance, resolvendo qualquer problema com um simples jogar fora e adquirir outro e isso, afeta diretamente na relação entre os indivíduos, deixando-os mais individualistas, sem necessitar de ajuda de outros para alcançar um determinado objetivo.
Chegará o dia em que os homens serão completamente descartáveis, vistos como máquinas que se tiverem algum "defeito" poderão ser substituídos prontamente por outro que satisfaça as necessidades e os padrões pré-estabelecidos que a sociedade impõe e isso, será feito sem qualquer vestígio de culpa e sentimentalismo.
Foram e ainda estão sendo criados produtos renováveis como sacolas retornáveis em supermecados, reciclagem de materiais e, estão sendo feitas diversas manifestações de conscientização ambiental, incentivando o hábito da utilização dos mesmos. E, enquanto há essa "preocupação" com relação a degradação ambiental deixamos de lado a degradação das pessoas que é um fato que não deve ser menosprezado. Os responsáveis por isso tudo não são apenas aqueles que criaram os produtos, e os publicitários que divulgam as novidades, na verdade, os maiores responsáveis por essa situação somos nós consumidores que deixamos chegar no pé em que está e mais, compramos compulsivamente essas fabricações tecnológicas que o capitalismo nos fornece.
Descartar acabou se tornando uma tradução vulgar de livrar-se de coisas desagradáveis ou incômodas que não queremos nas nossas vidas, sejam objetos ou pessoas que não contribuem para nosso uso cotidiano e benéfico. Se há medidas para abolir, ou pelo menos diminuir os estragos causados na natureza, também há medidas em prol da humanidade, baseado na conscientização geral da nação.

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