terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Especialista geral, alguém?

Coração de pedra? Coração fechado? A dor aparece camuflada, é inibida pela incontrolável quantidade de morfina injetada nas veias. A qualquer tendência de que essa dor apareça, mais uma dose é injetada já como rotina, e não como um procedimento médico sistematicamente pensado para o bem do paciente. Pensar é correr o risco de surgirem ideias e sentimentos que não deveriam existir. Quem quer correr esse risco? Quem quer sentir dor? Projetar um futuro inexistente por meros segundos e logo desviar a mente do sonho impossível é como tomar café todos os dias, você gosta, te aquece, é como um substituinte de morfina, só que mais saudável, mas é ruim perceber que ele acaba ou ele esfria antes de você terminar de bebê-lo. Perder tempo pode não ser a melhor opção, ou pode ser a única opção. É errado imaginar, esperar? Bloquear os pensamentos, cimentar o coração, tapar os ouvidos e os olhos não parece muito bom. Da mesma forma que abrir tudo, como um self service também não parece o melhor. Meio-termo? Ah estou tão cansada disso.. E comparar então, buscar algo que talvez nem exista é pior ainda. O lado direito do cérebro é surpreendedoramente tão criativo, capaz de criar imagens, momentos, inventar características, e isso é tão perigoso. Mas e quanto a possibilidade de viver apenas com o lado esquerdo do cérebro? Alguém aguentaria a dura realidade, objetividade? E as frustrações pós devaneios, sonhos, idealizações, crenças não seriam importantes então? E o medo acompanha cada um como uma sombra, mas existem medos entendíveis, e aqueles medos incompreensíveis, como o de perder algo que nunca teve realmente, é normal? Tantas perguntas, tão poucas respostas. Quero alguém que responda todas essas perguntas, um especialista geral, que salve vidas, e quero agora, pode ser? Eu pago qualquer valor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário