quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Crescimento de 275% nas vendas de tablets no Brasil pode ser uma ameaça para os livros impressos?

          No segundo trimestre de 2012 foram comercializadas 606 mil unidades de tablets no Brasil, um recorde de vendas, segundo estudo da IDC Brasil. A previsão é de que até o fim do ano o número chegue à marca de 2,6 milhões de aparelhos e que até 2013 sejam vendidos cerca de 5,4 milhões. Será que todos esses números trazem à tona um cenário de novos hábitos das pessoas à influência tecnológica dos tablets e o abandono dos livros impressos?

          Com todo esse aumento do acesso das pessoas às novas tecnologias, a polêmica sobre se os tablets podem substituir os livros impressos ainda está muito em debate.

      Jean Paul Jacob, pesquisador da IBM na Califórnia, acredita que o tablet substituirá os livros impressos, e que as novas gerações vão se adaptar muito melhor a essa tecnologia. Ele prevê essa substituição desde 1990, e diz que o entendimento de um conceito será melhor captado através de links relacionados que possam ser acessados de um e-reader. Nicholas Wattenberg, estudande de Publicidade e Propaganda da PUC-Campinas compartilha da sua opinião:


       Já Suelen Fernandes, estudante de Letras da Universidade Estadual de Londrina, acredita na liberdade de escolha das pessoas na hora de escolher a melhor forma de leitura:



              O Professor da Tecnologia da Informação da PUC-Campinas, Leandro Xastre não acredita que os tablets possam substituir os livros impressos:


            Os tablets surgiram no início do ano de 2010, com o lançamento do famoso iPad da Apple e tem grande perspectiva de consumo na sociedade atual. Nada mais é do que um computador em forma de prancheta, em que por meio do toque é possível navegar na internet, além de ser uma forma de livro portátil eletrônico. Saiba mais sobre essa tecnologia aqui!



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Época de eleições é sinônimo de melhorias e urbanização

                                                                                 Foto: Andrea Nunez
Pessoas esperam ônibus lotados no ponto da Av. Anchieta

Nos meses que antecedem as eleições já é possível observar aumento de medidas e projetos urbanos. Em pouco tempo, já se vê maior fiscalização de agentes de trânsito nas ruas, troca de ônibus velhos por novos, implantação dos ônibus BRT (Bus Rapid Transport) e inauguração do bicicletário em diversos pontos da região.

O BRT foi implantado em meados de julho e apesar de ainda não possuir corredores exclusivos, já está circulando nas ruas de Campinas, principalmente nos trajetos Ouro Verde e Campo Grande, regiões que possuem grande fluxo de pessoas. O bicicletário foi inaugurado no dia 22 de setembro em dois pontos da região, Taquaral e Barão Geraldo e permite o aluguel de bicicletas por 40 R$ mais 10 R$ de seguro podendo usufruir do benefício por 6 meses. A previsão é de que o sistema seja implantado em outros pontos da região nos próximos meses.

Apesar de tantas melhorias, existem àqueles que veem isso como oportunismo político, é o caso de Fabricio da Costa, estudante de Administração da Faculdade Anhanguera, que afirma que essa suposta preocupação com mobilidade urbana se mostrou bem ínfima diante de todo o caos urbano que uma cidade, do porte de Campinas enfrenta.

Para ele, a implantação do BRT não atende todas as regiões, apenas a periferia. Além disso, enfatiza que a falta de corredores exclusivos para esses ônibus gera lentidão, o que contribui para os engarrafamentos. Sobre os bicicletários, acredita que existem também poucos pontos que oferecem esse benefício na cidade todavia e que, além disso, acha o tempo de 30 minutos de aluguel insuficiente para uso específico para transporte, no máximo poderá ser utilizado para lazer. Outro fator que o desmotiva a usar as bicicletas é a falta de ciclovias seguras na cidade.

Por outro lado, Diógenes Cortijo, pesquisador e professor de Engenharia de Transportes da Unicamp, afirma que a implantação dos ônibus BRT é a melhor medida a ser adotada quando o assunto é mobilidade urbana. Ele acredita que por serem biarticulados garantem maior mobilidade a um custo razoável. Afirma que esse modelo foi exportado em Pequim, África do Sul, EUA, Canadá, Bogotá e México. Aqui no Brasil, uma cidade que já utiliza esse mecanismo é Curitiba e, assim como Fabricio da Costa, sustenta a ideia de que Campinas, como grande metrópole deveria possuir esse sistema em toda região e não apenas em alguns segmentos.

Sobre isso, já é possível observar certas melhorias e promessas. Nos debates políticos, bem como na sabatina realizada pela PUC–Campinas no dia 12 de setembro, no auditório Dom Gilberto, todos os candidatos, quando abordados sobre planejamento urbano fizeram promessas e sustentaram projetos como criação de ciclovias, bicicletários, instalação do Plano Diretor. Tudo isso, sem deixar de lado a preservação do meio ambiente.

                                                                    Foto: Andrea Nunez
              Candidatos fazem discurso em Sabatina na PUC-Campinas   

                                                                                 Foto: Andrea Nunez
Candidatos discutem propostas no auditório Dom Gilberto

Fazendo uma análise à longo prazo, Fabricio da Costa acredita que a implantação gradual do BRT em toda cidade vai contribuir para o aumento já exorbitante da tarifa de ônibus. Quanto aos bicicletários, constata que deverão ser deixados de lado pelos políticos, com a alegação de que Campinas tem problemas mais sérios que exigem medidas mais urgentes, que também não serão desenvolvidas e conclui "aí, quando estivermos próximos de um novo período eleitoral, haverá iniciativas rápidas, melhoras paliativas e que gerem números."

É curioso constatar que esses projetos já existem há um bom tempo desenvolvido pela própria EMDEC e Secretaria de Transportes e somente agora, em época de eleições se concretizaram efetivamente. Agora resta esperar, se após as eleições os projetos vão continuar com a mesma eficácia.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Consumo varejista cresce 4% neste semestre em Campinas

Aumento do consumo pode ser verificado principalmente pelos incentivos financeiros do governo além das compras por impulso

            Em uma sociedade que incentiva o consumo e às pessoas a se adaptarem às novas tecnologias a todo momento, faz com que as pessoas comprem compulsivamente, sem se atentar as reais necessidades. Segundo Laerte Martins, economista da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas), isso pode ser constatado pelo crescimento de 7,30% na inadimplência de carnês com mais de 30 dias de atraso. O valor da inadimplência ficou em R$ 126,3 milhões em julho, em Campinas.
            Essa inadimplência pode ser verificada a partir dos dados de julho desse ano da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas) que constata um aumento de 10,85% nas compras a prazo e redução de 2,49% nas vendas à vista. Este é o caso de Keyla Guimarães, técnica de enfermagem, que afirma que vai umas duas vezes por semana ao centro e compra roupas sempre à prazo.
            Segundo dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) o crescimento do consumo em Campinas foi de 4,73% no comércio varejista no acumulado de janeiro a julho de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com Paulo César Adani, Delegado do Conselho Regional de Economia, isso ocorre principalmente devido a incentivos do governo e ao aumento de ocupação e renda, que afirma ter melhorado desde a década de 2000. Para ele, o público A e B sempre foi um consumidor consolidado, só que agora, somado a isso, as classes C e até a D estão entrando nesse mercado e isso faz com que o crescimento seja maior do que o previsto.
            As grandes liquidações que shoppings e lojas de uma forma geral promovem também é uma forma de incentivo às compras, principalmente nessa época do ano em que se verifica promoções das roupas de inverno. O Shopping Iguatemi, por exemplo, do dia 2 a 5 de agosto promoveu o “3 ½ dias de loucura” com promoções de até 70% de desconto em roupas, calçados, eletrônicos e muitos outros. Abaixo é possível assistir a um vídeo de como estava a movimentação de pessoas no domingo, dia 5 de agosto:


Para o economista, a maioria das pessoas compra por impulso, já que afirma que muitas famílias - de todas as classes sociais - não são precisas nos seus gastos. Ele constata que, ao comprar por impulso, o orçamento estoura, o crédito do sistema bancário das lojas também fica comprometido e é aí que o aumento da inadimplência se verifica.
Outro fator que tem aumentado o consumo das pessoas é a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que o governo promoveu recentemente. Para Adani, se o governo diminui o preço dos produtos por conta do IPI e facilita o crédito, as compras se potencializam, depois o segundo passo é saber se os cálculos familiares para essa compra foram adequados, se não vem a inadimplência de novo.
      O gerente de vendas, João Carlos, afirma que o principal fator do aumento das compras e consequentemente da inadimplência é o incentivo ao crédito, já que isso facilita as compras a prazo e o consumidor acaba por se endividar. Mas, enquanto os consumidores veem essa situação como um problema, para João Carlos, como gerente de vendas, essa situação é satisfatória “é muito melhor os clientes que não pagam em dia a fatura do cartão de crédito ou pagam o mínimo do que aqueles que pagam, porque aproveita a situação dos juros que são altos”.
          Por outro lado, alguns consumidores economizam e administram suas compras. Esse é o caso do consumidor Mauro Carvalho, supervisor de produção que afirma ser o seu consumo proporcional ao ganho e dá preferência a compras à vista para não perder o controle do cartão. E até outros consumidores, apesar de se autodenominarem compradores compulsivos ainda preferem pagar à vista pelo receio dos juros altos, como a Anália Pereira, comerciante em Campinas, que afirma comprar muita roupa e sapato, mas nunca fazer compras a prazo.
O economista Paulo César Adani finaliza afirmando que a solução básica para evitar dívidas é fazer um cálculo preciso e estabelecer um elenco de prioridades de compras, sempre levando em conta a renda de cada família e principalmente evitar as compras por impulso.

sábado, 5 de maio de 2012

Sem Título!

   Imprecisão, que palavra estranha..Me faz pensar em IMposição e DECISÃO. Seria então uma decisão imposta? Nunca me disseram que essa palavra era um dos defeitos ou qualidades (depende do ponto de vista) que me caracterizavam. Mas ultimamente eu mesma comecei a pensar nela - a palavra- e percebi que talvez esteja passando por uma fase imprecisa. 
  Sempre fui muito prática, objetiva, racional, mas nos últimos anos isso foi mudando. Agora acredito ser mais emocional, apesar de não ter perdido minha essência. Continuo tendo muita certeza do que quero, mas existem momentos que te fazem questionar isso, sinto que é proposital, para te testar (sim tô falando do cara mais conhecido como Deus) e ver se você é forte suficiente para lidar com as intempéries da vida.
  Eu assumo que talvez esteja parada em alguma fase desse "jogo". Sabe aquele clichê de olhar 2 ou 3 caminhos e ficar na dúvida de qual caminho seguir? É, mais ou menos isso. Porque percebo que uma escolha, por mais pequena que seja pode alterar todo o rumo da sua vida. Tem gente que não percebe isso com tanta facilidade, mas eu tenho MUITO medo disso. 
  Como gostam de me dizer, eu sou obcecada por planejamento! E se as coisas não saem como planejado, eu surto! É verdade, eu enxergo isso... Mas estou trabalhando nisso, sem chegar ao extremo também de me tornar alguém com aquela filosofia ridícula do "Carpe Diem". Não existe um futuro bom sem planejamento, esforços, quer dizer, só se você for muito sortudo ou muito rico pro papai bancar você pro resto da vida! Mas como não é o meu caso e nem minha pretensão ser sustentada por outros eu sigo em frente.
  O grande Y da questão é no momento em que entram em contraposição dois fatores: a certeza das coisas que quero na minha vida X as coisas não serem como eu queria que fossem. 
Imaginem a Amèlie Poulain, ela cria um mundo todo, uma história com sua imaginação bizarra e consegue achar explicações estapafúrdias para as coisas que poderiam ser tão mais simples. Eu sou assim! 
  Mas não pensem que estou totalmente perdida, eu sei qual a solução, porque é óbvio! Ela está bem à minha frente, acenando para mim. E ela é: preciso entender que as coisas nem sempre saem como planejado, e principalmente, que terei que abrir mão de certas coisas, para ter outras, muito mais valiosas e significativas.
  Mas isso leva tempo, e não se consegue sozinha, né?

  E volto a salientar frase que postei e criei esses dias no facebook:

  "Motivações, certezas, sonhos palpáveis...Sem isso os contrastes que antes eram inúmeros vão se perdendo na escassez de cores"

  Ótimo dia a todos!