sábado, 23 de abril de 2011

Cap 5: Início

Seu perfume ainda no casaco dele. Seu batom ainda marca sua camisa branca. O mundo em preto e branco começa a ganhar cores. Não parece mais tão pálido. E até aquela manhã de sábado inesperadamente cinza, anunciando chuva frágil, de repente se rendeu ao sol e sua luz revigorante. Em sua mão, uma xícara de café. Em sua boca: um sorriso pueril – simples agradecimento aos céus. Para um anúncio, uma prévia do que viria a acontecer.

Proust tinha razão. As lembranças são mais fortes e claras quando estão envolvidas em perfumes, embebidas em doce perfume. Toda vez que ele inspira a Srta Incógnita no seu casaco, imagens vêm a sua mente como que num passe de mágica. E então, num flash, ele consegue senti-la, quase poderia tocá-la. Recorda-se...desde cada abraço reconfortante – que ela tanto adora – até sua inquietação na fila. Sim, ela mal podia se conter. Vez ou outra, os dois ficaram se olhando diretamente até ela disfarçar – cena que se repete ao longo da noite -- e mexer no seu cabelo. Aliás, na dúvida, ela sempre mexe no seu cabelo sedoso. Quando começou aquele mútuo interesse, hein? Qual é o marco zero disso tudo. Tenta lembrar.

Ele ali, somente observando. Quando decide buscar sua suposta fila, logo ela aparece para lhe fazer companhia. Não o quer distante. Não vê a hora de entrar naquele bar e aguardar o momento. Chega a temer a não entrada dele devido à fila. Contudo, no fundo, ela sabe que não está a sós com a ansiedade. Ambos desejam e anseiam expor seus sentimentos de uma forma tangível naquela noite.

Entram no bar e logo vão buscar cerveja. Garganta seca. Na verdade, ela ainda fica indecisa por um tempo entre tomar tequila logo de cara ou pegar leve inicialmente com uma Heineken. Prefere beber a cerveja antes. E a banda já está no palco, pronta para as primeiras notas. Encontram um lugar teoricamente mais sossegado. O momento não está longe. Ele sente que ela já não se esforça tanto para não demonstrar interesse, já que fica ao lado dele o tempo todo. Por vezes, durante a conversa, ela chega perto para falar ao ouvido e ele faz caretas. Fica surdo. O ato é repetido algumas vezes e retribuído – sem intenção – posteriormente. Ela diz: “Ahh, não vou falar mais então”. E ele: “também não é assim...rs”. Os dois riem um para o outro. Claro, nada proposital. Aquele fotógrafo deveria ter aproveitado essa chance. Depois, num filme qualquer, ele ouve que a paixão, além de deixar as pontas dos dedos mais sensíveis, eleva a intensidade da audição quando os interessados estão próximos. Acha a explicação um tanto quanto engraçada. Mais algumas músicas. Assim, sua mão tão próxima a dela ; se esbarram. Ela não pensa duas vezes e meio que, automaticamente, sem olhar para trás, a segura firme. Mãos dadas. Então, ele continua curtindo o show como se fosse o Malcolm Young do AC/DC: batendo o pé no chão e bebendo sua Heineken. Entretanto, os dois sabem perfeitamente que o show – por melhor que seja – não passa de mais um coadjuvante nessa história. Ela diz que vai buscar seu amigo de longa data, José Cuervo. Os dedos continuam entrelaçados. Ela o trás consigo até o balcão. Ele fica ali, só vendo seu prazer em engolir o delicioso néctar. Voltam. A hesitação típica dela se esvai continuamente. Agora, está apertando as mãos dele e acariciando-as. Quer um abraço. Abraçados estão. Ele atrás dela. Levemente, ele beija seu ombro esquerdo e fica um tempo com a cabeça ali. Desnecessário dizer que ela quer manter o controle a todo custo, mas neste caso ela não o faz por prepotência e sim para incitar um clima que culminará em êxtase. Ele já entendeu o recado há muito tempo. Está gostoso assim. A pressa não é bem vinda ali.

Enquanto ela conversa algo com sua amiga e uma estranha que – parece – caiu de pára quedas no lugar, permanecem de mãos dadas. Em resumo, não se soltam por nada.

Ela inicia uma dança bem devagar. Lentamente, os dois vão parar próximos de uma mesa. A Srta Incógnita decide por fim se utilizar de sua mais recente “arma”: impetuosidade. Precisa aprimorá-la. A estratégia prossegue e então, ela vira-se. Frente a frente. Deixa a garrafa na mesa. Agora são os olhos que se cruzam e revelam que ambos estão desarmados. Ela sorri, desvia o olhar e abaixa a cabeça. Corpos balançando. Corpos abraçados. Um corpo. Uma eletricidade vai irrompendo através de cada célula viva. Ela o olha novamente. Ele acaricia seu pescoço com os lábios. Estes buscam seus irmãos. Breve esquiva. Sorriso. Longo beijo. Arrepiante. Ardente. Batidas de coração deixam o som ambiente em segundo plano. Ele a sente segurando seu queixo. Ele afaga seus cabelos. Quando voltam a se encarar, ela espera por uma feição sedutora e séria. Sedutora sim, mas:

- Você ri – sorrindo – Fica rindo.

- Hahaha...não dá prá evitar. Eu to feliz!

Ela quer dizer algo em seus ouvidos, mas ele repete uma careta:

- ... não grita...—calmo.

E ela como num gesto meigo:

- Ahh, desculpa.

- Tudo bem. – Com cara de idiota.

Novo abraço. Desejo de ficarem ali até serem expulsos.

Um beijo degustado aos poucos. Ele morde seu lábio inferior, não resiste. Reciprocidade no ar. Rostos próximos. Respiração vívida, quente. Os lábios se provocam. Para lá e cá. Aqui e ali. Sem se tocarem. Curtem a respiração um do outro. Mesmo ritmo cardíaco. Querem extrair o máximo daqueles momentos. Ele morde novamente o lábio dela. O prazer que ela sente é inenarrável, tamanha a volúpia do próximo beijo seguido por uma mordida forte no lábio dele.

- Tenho que ir ao banheiro – ela diz.

- Eu também.

Do mesmo ponto. Ela quer dançar. Ele a admira e chega mais perto para acompanhá-la.

- Hummm....você dança?Hahaha! não acredito! – Solta, surpresa..

- É claro que eu danço. Hahaha...

Ela se volta, apóia as mãos nos ombros dele e diz, olhando para cima, pensativa, prevendo todas as possibilidades:

-- Nossa...você dança mesmo.

Olhando para ele:

- Fiquei surpresa agora.

Ele apenas sorri.

Outro beijo. Ela se desequilibra.

- Aiii...vou cair, hahahaha.

- Não vai não. Eu to aqui – apoiando-a.

- Vou deixar uma marca.

Bela marca. Só depois em casa, ele percebe o vermelho em sua camisa branca. Ri sozinho.

Hora de ir. Cedo. Ficariam, facilmente, até às 10h, ele pensa; e encontra abrigo na face disposta dela. Muito cedo.

- Vai ficar? – Ela questiona.

- Sem você? – indisposto – jamais. Vamos.

Agora, a voz dela está, ligeiramente, mais rouca. Ele se delicia com isso, já que é uma das coisas que mais gosta nela. Srta Incógnita se expressa devagar, gesticulando.

Lá fora, um beijo de despedida breve, afinal:

- Não quero deixar ninguém esperando.

- Eu sei – Carinhoso.

- Vai com cuidado. Volta bem – atenciosa.

- Pode deixar – tranqüilizando-a.

Em casa, assim como ela, ele é invadido por dúvidas. Relembra a empolgação dela pré-bar. Nem sente fome e se tivesse algum dom mágico, ela teria acelerado todos os relógios. Sua curiosidade a impele a constantes incertezas, que a levam a mil perguntas. Sabe que ainda falta muito a conhecer, mas parece estar de braços abertos para receber o mundo dele. Um mundo que, gradativamente, recebe novas nuances de cores presenteadas por ela. Uma estrada se ilumina.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cap 4: Uma noite especial

O dia parece longo, a espera pela noite é compartilhada por ambos. Expectativas perpassam a cabeça dele. Empolgação toma conta do corpo dela. Ao longo do dia eles nem se falam e veem com tanta freqüência, mas isso não quer dizer que um não apareça no pensamento do outro. Parece que surgem pretextos desnecessários para um procurar o outro, e apenas fazer uma provocação aleatória. Eles gostam disso, e quem está em volta até percebe esse envolvimento, não tem como não notar.

Ela quer aproveitar a noite, e ele também, a seu modo preto e branco de ser. Talvez ela traga cores de diversas tonalidades para o seu mundo. Ele não parece querer recusar esse arco-íris.

Um convite, uma forma de pagamento, um ambiente diferente. Antes disso, um ensaio, na casa dele, o filme precisa ser melhorado. As falas de repente são esquecidas, na verdade elas parecem desnecessárias no contexto, e mais ações que não estavam no roteiro aparecem. Cadê o diretor pra botar ordem nas encenações? Não confiaria nos atores como os próprios diretores. A racionalidade às vezes desaparece, precisa de alguém de fora. Algum amigo envolvido na história talvez, um fã? Quem sabe..

Mais tarde, em outro ambiente não tão distante, o café foi substituído pela tequila mágica. O álcool fez a bebida ferver o corpo dela e embaralhar seus pensamentos. Dessa vez era o momento perfeito, a batida incessante deu o impulso que faltava.

Ele já a fitava, seus olhos cheios de desejo a queriam. Ela fingia não perceber, mas estava bem atenta aos movimentos. Um aperto de mão, olhares sugestivos, abraços, beijos no pescoço de repente relembra conquista. Inesperadamente ela se aproxima mais, provoca, ele não se contêm. A atração foi maior que o medo de rejeição. E dessa vez a rejeição não veio. O beijo foi intenso, longo. As batidas dos corações ecoavam mais do que a música que envolvia o ambiente.

Os corpos estavam muito próximos. Ela o abraça. Ela gosta disso, sente como se nada a pudesse atingir, uma espécie de conforto, proteção, segurança. O medo que ela talvez sinta não é um só, abrange muitas coisas e vai além da sua subjetividade. Nem ela sabe dizer o que ao certo.. Confusa, esse seria seu sobrenome perfeito.

Ele se revolta por ter tantas dúvidas ao seu respeito na cabeça, mas ela frustra-se também, por também não saber responder a maioria das perguntas sobre si mesma.

Enquanto isso, quando finalmente seus lábios se desgrudam relutantes a música volta ao normal. Ela resolve dançar, ele encosta na parede, põe habitualmente suas mãos no bolso e se delicia observando-a. Apesar de que, surpreendentemente ele a tira pra dançar, ela não esperava isso dele. Percebe que tem muitas coisas que ainda não sabe a seu respeito, e sinceramente não tem pressa de descobrir.

A noite passa rápida demais, e nenhum dos dois quer isso, se pudessem parar o tempo, seria algo a ser pensado. O encanto da lua os envolve mais ainda, e muito antes do esperado ela tem que partir. A marca do seu batom fica impregnado em sua camisa, assim como o beijo fica marcado em sua boca.

Em casa ela relembra os acontecimentos da noite passada. Dúvidas e incertezas invadem seus pensamentos.

Ela não é tímida, isso não combina com ela, mas ele consegue fazer com que ela perca a fala. O jeito que ele a olha é tão intenso que faz com que ela seja, de certa forma, obrigada a desviar o olhar. Mas ela paga na mesma moeda, nesse jogo em que não há vencedores nem perdedores, ela o insulta intrigando-o e fazendo-o sentir na pele o mistério que nele mesmo pairava. Será castigo?

Ele, em sua casa, também pensa, repassa os episódios, e com sua memória inigualável relembra cada palavra dita por ela, cada gesto, olhar. As cenas passam como um filme em sua mente, e uma idéia capciosa surge.. Decide fazer uma proposta a Morfeu. Trocar de lugar com ele por uma noite, e adentrar na mente da Srta Incógnita, desvendar seus sonhos, entender seus medos. Quem sabe assim descubra as “verdades” que tanto tiram seu sono. As dúvidas são muitas, e ela fica na defensiva para não revelá-las.

No sonho ele encontra duas frases ditas por ele e que a impressionaram de alguma forma, uma delas: “Você tem medo de se apaixonar”, ela sabe que não é isso que sente, pelo menos não no sentido literal da palavra. Talvez não seja medo a palavra certa, pode ser receio. Mil coisas passam pela cabeça dela, a situação não é tão simples quanto pode parecer, envolve passado, anseios. E ele não vai desvendar assim tão fácil.

Outra frase que se destacou na viagem pelos seus pensamentos foi sobre a apreensão dele de como seria a atitude dela após o episódio, questionava-se se ela fingiria que nada tivesse acontecido. Por quê as pessoas sempre pensam isso dela? Ela aparenta ser assim? Fria, calculista.. Essa mesma ‘estrategista’ é aquela que chora desesperadamente em filmes de romance. Nem todas as pessoas tem só uma face a ser mostrada, e com ela não é diferente.

O próprio F.C. 28 em poucos dias mostrou faces variadas a Incógnita, tudo propiciado pelas horas de conversas na madrugada. Ele se apresenta por capítulos assim como seus roteiros, e ela sente confiança de se mostrar também, aos poucos. Qual a previsão de tempo para toda essa descoberta? O universo pode conspirar a favor, ou não..

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cap 3: Divagações

- Aiii...que friozinho maroto!

Ele sorriu:

- Só um minuto. Já volto.

Ele Volta com um casaco aconchegante. Ela abre seu sorriso. Sem preço. Tudo o que ele quer.

Ela: Ahhhh...obrigada.

Ele: Sorriso sarcástico? Não, desta vez. Nada mais do que pura satisfação.

- Bom, agora tenho que ir mesmo – ela lamenta.

- Eu sei – sorrindo.

E ela segue sorrindo a rua naquela manhã gélida. Ele demora a entrar. O corpo dela já desapareceu do seu campo visual, entretanto, ele detém o olhar na mesma direção. Reflete. Baixo. Chão. Alto. Tantas perguntas sem respostas o deixam em parafuso. Pobre Sr. 28 misterioso. Quem diria, hein? Refém do próprio mistério.

- O que significa tudo isso? – solta.

Contudo, tem algumas pistas. Ela não gosta de correr riscos – sua hesitação premente indica isso. Talvez algum medo, receio a contorne o tempo todo, ajudando-a a manter seu instinto de auto-preservação intacto. “Hesitar, evitar, não desejar...”?

- O que significa tudo isso? – Erguendo a cabeça com os olhos fechados. Inspira o ar enregelado a fim de amainar o calor do seu corpo. Assim permanece por alguns minutos. Pessoas passam do outro lado da rua, curiosas. Então, abaixa a cabeça lentamente, abre os olhos e volta para dentro. Mais café. Senta-se no sofá.

Degusta seu café com diversas conjecturas que fulguram em sua cabeça. Pode ser medo de se apaixonar. Relembra duas frases dela: “não sei se acredito”, “não confio em você”. Temor de não ser correspondida? Alguém pode tê-la magoado o suficiente para tal comportamento e, portanto, este seria legítimo. Se ela não confia, logo, acaba por colocar sob a mira da dúvida qualquer frase ou ato dele. Ele não almeja possuir a chave do universo...não é presunçoso a esse ponto. Deseja, sobretudo, encontrar um meio de revelar o quão prazeroso foi, por exemplo, sentir o toque de suas mãos ; o entrelaçar de dedos mesmo que por breves instantes, quando a indecisão não teve vez.

Um redemoinho para cada um. Ela também deve ver-se em torno de milhares de possibilidades. O “se” nunca demonstrou piedade. Parece se testar por quanto tempo consegue se retrair e, enfim, ser tomada pelo ímpeto e ter sua arte de hesitar – na qual tem amplo domínio – invertida. Ele é novo, inusitado para ela e traz consigo atitudes igualmente inesperadas. Isso a encanta na mesma proporção que a assusta.

Lembrou-se de quando se afastou e ela segurou-lhe a mão. Enquanto acariciava sua mão, seus olhos diziam “ não desista.” Ele também tem gravado na retina como ela fica sem graça diante dele em certas ocasiões. Isso tudo o leva a sorrir. Simples bem estar, valioso bem estar. Xícara vazia.

Encontro em um charmoso café. A maneira com que a Srta Incógnita diz oi já é um aviso de ela continua na defensiva, pensa ele.

Trechos lidos e relidos. Ela não se contém de ansiedade ; quer que ele conclua logo e parte para uma ofensa gratuita:

- Você é lerdo pra ler? – sorrindo, é claro.

- É que gostei de várias partes...tô relendo.

- Ah ta.

Ambiente em perfeita simetria. Ele se lembrou que ao perguntar se ela queria mesmo no formato de um roteiro, ela soltou:

- Eu não quero nada...

Deve ter se arrependido porque mandou uma mensagem em seguida, “exigindo” o texto completo. E pouco antes, ela mesma havia tocado no assunto, recordando, como quem não quer nada, seu interesse crescente pelo roteiro.

“Quantas contradições ácidas/doces são necessárias para formar a Srta Inc.?

Ele pensa em iniciar um outro estágio. Momento incerto. Como diz uma letra de uma de suas bandas favoritas – senão for a maior --, deve ter se perguntado se a distância era segura. Diz com a boca e frisa com os olhos. Ele pensa no universo. Até quando afinal esses planetas vão ficar dispersos? Ri para si mesmo. Seguem-se as doses homeopáticas. Seria tímida? Não demonstra. Porém, perante certas situações ela perde a fala e fala qualquer coisa rapidamente ou, simplesmente, fita o chão e balança a cabeça negativamente. Ele permanece ali ao seu lado e repete o gesto. Se o que deseja é insistência, talvez ela consiga, já que ele sempre se aprofunda visando chegar tão próximo até que os detalhes fiquem palpáveis, nítidos ; quer sentir o aroma de cada partícula que compõe seu cabelo.

Os dois ficam à vontade. Rara sensação na qual palavras são indispensáveis e se pode passar horas em silêncio ao lado um do outro. Ali, os dois se bastam.

Breve silêncio, exceto pela música. Ela ainda parece manter um intervalo e aguarda alguma coisa, algum sinal, quando o mar estiver menos agitado, suas ondas calmas e não houver o perigo iminente da dor. Dor. Esquiva. Todavia, ele não sabe o que se passa no íntimo dela, ou pelo o que já passou. Tolice julgar.

Repentinamente, abre-se nova fresta. A voz dela ressoa em sua mente: “não vou mais dormir “ ; “vou ficar acordada a noite toda.” Ela tende ao exagero e sabe disso. Assim, pode ser que tema exaltar um sentimento e depois ver-se dentro de um reles barco, enfrentando uma tormenta no oceano atlântico...talvez tema perder o controle – habilidade efêmera. Difícil arte de distinguir o exagero da realidade. Ela quer um sentimento intenso sem se abdicar de sua lucidez. Ele: idem.

Já é tarde. Agora, ele encontra-se a caminho e precisa de uma lanterna. Uma vela, ao menos. Mais do que isso. Ele quer enxergar mais cores além do seu atual preto e branco.



quarta-feira, 30 de março de 2011

Cap 2: Srta Incógnita

Ela fica vermelha, não sabe o que dizer, tampouco ele diz alguma coisa, mas seu olhar revela muito mais do que qualquer palavra. Mas ela é curiosa e quer ir mais além, e mais do que isso, ela adora provocar. É um dos seus passatempos preferidos. E ele gosta de ser provocado, é a oportunidade perfeita para ser irônico.

Eles se divertem com esse joguinho de sedução, e dessa vez sem café. Será esse um avanço nos flertes? Melhor não arriscar..

Ele a convida para entrar, ela não pensa duas vezes, começa a ficar com frio ali fora (ela não é muito fã de chuva assim como seu pretendente). Ela entra e logo se sente bem à vontade.

Ele dirige-se a cozinha e vai preparar um café para os dois, ele não quer perder a magia daquele momento.. Por um instante perde-se em devaneios imaginando no que a Srta Incógnita está pensando naquele instante.

Quando volta com os cafés olha intensamente para ela. Ela ruboriza-se, e pergunta porque ele a olha tão profundamente? Diz também que tem medo disso, não é como se ele fosse um serial killer ou algo do tipo, mas é observador e ninguém nunca antes a ‘desvendou’ tão bem quanto ele em pouco tempo. Ele responde que apenas quer enxergá-la melhor e enfatiza que irrita não entendê-la profundamente. Ela se diverte com o que ele diz, e prefere não responder pra manter seu título de interrogação.

Pensando bem, não é bem assustada, ela fica mais intrigada com o jeito dele, e isso é prazeroso pra ela. É como se ele fosse de outro século, nunca conheceu ninguém do estereótipo dele e ela só pensa em desvendar cada vez mais.
O intuito do jogo parece comum para ambos... Eles se sentam de frente um para o outro, num mesmo sofá, se encaram por um minuto até que de repente ele se aproxima para beijá-la. Ele parece adorar surpreender, ela esquiva-se, não sabe bem o que pensar. Ela é confusa, racionalista na maior parte das vezes e indecisa e ela odeia isso nela. Começa a passar mil coisas pela sua cabeça, e na dele também.

Lentamente ele vai se afastando, ela percebe esse movimento e segura sua mão. Começa a acariciá-la suavemente. Ambos sorriem e parece que finalmente o gelo foi quebrado, e não foi o café que provocou esse derretimento. Provavelmente foi o calor dos corpos que ocupavam o cômodo.

Então ela muda de assunto, não que eles estivessem conversando muito, seus olhares falavam por si só. Mas ela começa a fazer o que sempre faz, falar muito e fazer um monte de perguntas. Ela quer descobrir, entender e não é apenas curiosidade jornalística..

Eles conversam por um bom tempo, as mãos não se desgrudam, e até se acomodam umas nas outras, como um encaixe perfeito. Ele vai respondendo as perguntas e não resiste em fazer outras para ela, não pode perder a oportunidade de entendê-la um pouco mais.

Café esfriando, esgotando-se. Sinal de que o tempo passa imperceptível, não se sabe mais se chove lá fora, e isso também não é de interesse de nenhum deles no momento.

Quando finalmente ela se dá conta do tempo, percebe que não terá como voltar mais pra casa. Um convite para ficar é feito, certa hesitação.. Ele percebe e diz para ela “relaxar”, ele parece gostar muito desse verbo, ela pensa.

Resolve aceitar, não tendo muita escolha.. Ele diz que não precisavam dormir, poderiam ficar a noite toda conversando. A idéia lhe agrada e ela pede mais do mágico café.

Quando ele ameaça levantar para preparar mais café, ela decide agir por impulso. Essa atitude é novidade para ela, é como se um animal selvagem tomasse conta do seu corpo e ela agisse por instinto, pensando em saciar seu desejo.

Ela o puxa para perto, e lhe arranca um beijo. Isso o instiga, ele responde na mesma proporção e seu corpo vai esquentando progressivamente. A temperatura de repente aumenta na sala e nenhum dos dois mais sabe a dimensão do tempo e espaço.

A sensação é excitante para ambos. Ele tem um aspecto sedutor e misterioso que a deixa com más intenções de provocar. Ela beija seu pescoço esperando que ele faça o mesmo com ela, de novo.. Ela adora arrepiar e ali é o ponto certo para conquistá-la.

Percebendo seu capricho ele satisfaz seu desejo, palavras são desnecessárias. No momento a sintonia é plena.. Ela morde levemente seu lábio, e ele descobre sua parafilia, mais conhecida como odaxelagnia. Ele gosta, e esboça um sorriso atraente.

Não satisfeita, ela insiste em tentá-lo mais ainda e ele não a rejeita de nenhum modo. Ela o empurra até a parede e com o olhar em chamas, vai beijando e mordendo devagarinho toda a região do rosto e pescoço.

Aproveitam cada segundo, a mente dele fica vazia, impossível processar algum pensamento naquele instante. Já o dela está cheio de más intenções, não que ela seja sádica como ele imagina, nem que ela goste de torturar (só um pouco), mas ela gosta de ter tudo sob controle.

A percepção de que está ultrapassando os limites toma conta da mente dela. A racionalidade e realidade se apoderam novamente de seu ser e ela vai se contendo novamente. Não que ela esteja sendo fria com ele, apenas não quer ser muito quente. O meio-termo é bom. Ela o relembra do café, e ele contrariado vai fazer mais.

A noite estava apenas começando ao contrário do que parece. A primeira noite castanha para ela, e a companhia dos olhos castanhos para ele se igualavam na satisfação.

Uma trilha sonora a envolveu, Interpol estava tocando e ela surpreendentemente gostou, mesmo preferindo Anberlin, a companhia e o café a fizeram não reclamar do que estava sendo oferecido. Pelo contrário, estava confortada ali, e não pensaria em estar em outro lugar.

Os olhos e atitude dele diziam o mesmo.. O sol foi raiando inesperadamente, enquanto estavam envolvidos um no outro.

Ela vê então a necessidade de ir para casa, o tempo passou relativamente rápido para os dois, a cafeína não foi protagonista, mas teve papel importante aquela noite.

Ele se oferece para acompanhá-la, parece querer passar mais tempo com ela. Não que ela não queira, mas ela recusa a oferta e agradece pela noite inesquecível. Ao mesmo tempo ele diz sua casa estar sempre aberta para ela, e com aquele sorriso sarcástico que a ‘irrita de uma maneira boa’, diz que ele também não se importaria de ter sua companhia mais vezes.

Ela, sorri e ansiosa, percebe no olhar penetrante do 28 um resquício de afeto. Ela o abraça contagiando seu corpo e um último beijo sela a noite que virou dia.

Ele a acompanha ir embora com o olhar e não consegue evitar as dúvidas que lhe invadem os pensamentos. Ela apenas sorri internamente, e não pensa em nada e se pensa não expressa.

O mistério deve continuar, afinal qual a graça de saber e se ter certeza de tudo?











sexta-feira, 25 de março de 2011

Cap 1: Café Mágico

Em casa. Exausta. Mexendo em seus cabelos. Levando as duas mãos ao rosto. Realmente cansada. Longo bocejo. Já se imagina sob um banho relaxante. Durante o banho, pensando em alguns acontecimentos da semana. Sua mente vai do triste ao inesperado. Fome. Jantar. Msn. Pretendente novo on-line. Sr e Sra “incógnita” logados. Conversa insinuante e longa, regada a uma espécie de café mágico. Café roubando a cena...protagonista? Difícil crer. “Não sei se acredito...”. Frase dela e que não sai da sua cabeça. A noite pré-chuvosa e fria delineiam um belo contraste com o papo dos dois. Certa sensação de poderiam aproveitar melhor a noite juntos. Convite de amigos para um show. Ele não demonstra interesse. Mas não nega que seria ótimo tê-la ali, na sua frente. Ela o instiga. Sente muito prazer com isso. Até que ponto?

- Espero que não seja sádica...

Fila. Frio. Pensa e repensa. Decide pedir o endereço. Fazer uma visita.

Passos. Ela olha para cima procurando a lua, mas seus olhos se cruzam com uma nuvem descomunal e cinza – ela supõe. Para e admira um pouco o seu contorno. Não há trovões. Tudo o que se ouve é o vento frio que busca abrigo no seu rosto cálido.

Um dia longo. Casa semi-vazia. Em instantes, a música preenche, lentamente, incertezas e incita outras dúvidas. Tudo é compartilhado e ele apenas observa pacientemente sua ampulheta. Entretanto, esta não lhe diz nada. Lá fora, o céu imponente parece posar para uma fotografia.

Quando decide voltar a andar, depara-se com um estranho que mantém as duas mãos voltadas para trás. Troca de olhares. Involuntariamente, ela coloca a mão direita sobre a bolsa, como se a protegesse. Ele solta uma gargalhada sutil. Ela suspira ofendida. Vermelha. Ele abre os braços e lhe revela um buquê. Esconde o rosto entre as flores e oferece-lhe com uma reverência do século XIV. Ela tenta se esquivar e diz rapidamente, assustada:

- Não...obrigada. Eu não tenho dinheiro.

Ele se interpõe novamente em seu caminho:

- Não disse que estavam à venda. – incisivo.

Deixa-lhe as flores e caminha às suas costas, enquanto abre um guarda-chuva.

“Nem tá chovendo, idiota!”

O perfume das flores a agrada o suficiente para não jogá-las fora. No fim, pega-se rindo sozinha no meio da rua. Já sabe o que fazer. Rua deserta. Irromper da madrugada. O vento contribui para um arrepio. Acelera seus passos silenciosos. Breve olhar ao seu redor. Nada. Em busca de alívio. Continua. É acompanhada pela frágil luz noturna. Galhos de árvores balançam e as folhas entoam uma melodia desconexa. Já passa da meia noite quando chega. O vento arde seus olhos. Liga para o dono da casa:

- Oi...Tô aqui em frente. Vem logo...parece que vai chover mesmo.

- Claro...tô indo.

Lá dentro, consigo mesmo:

“Só mais uns minutos...”

Volta a olhar para a ampulheta. Falta pouco. Então, simplesmente aguarda.

Ela liga novamente:

- Cadê você?

- Tô indo...tô chegando...

- Como você sabe, parece que vai chover, né? Anda logo.

- Agora sim...

- Agora sim o quê? – Levemente irritada –

Já na frente da casa:

- São meia noite e vinte oito. – sorrindo.

- Ahh...que graça. Olha o que eu ganhei.

- Hum...de quem?

- Do meu admirador noturno.

Franzindo a testa.

- O Morfeu...quem mais? Hahahahaha.

- Hahaha...Será? Vejamos...

Ele ergue um indicador e começa a apontar as flores, uma a uma.

- 28? Hahahaha...Olha...Não acredito.

- Quem era ele?

- Ele quem?

- O cara das flores.

- Não sei do que você ta falando...Mas, lembra da conspiração do universo? – irônico.

Ambos são iluminados por um relâmpago seguido por um trovão.

- Olha...Você disse que nunca viu. Esse é um céu castanho.

- É. Não to vendo nada castanho.

- Definitivamente, você precisa de um óculos.

- Há.........ha............ha.

Os dois fixam seus olhares. Ele quebra o silêncio apontando um dedo, indicando atenção:

- Tá ouvindo?

- O quê? Não tô ouvindo nada.

- Só falta me dizer que sou surda agora, hsdiosdhiod.

- Eu diria que você é surda e cega prá muitas coisas. – Sorrindo. Mas, escuta.

E começa a tempestade.

- Se quiser, pode usar o guarda-chuva. Só faltava a trilha sonora.

Ele se escora na árvore, apóia a mão sob o queixo, cruza os braços e se deleita com a imagem de um misto de teimosia, impaciência, indecisão, presunção, provocação, magnetismo, beleza, prazer, distância, dificuldade...provas.

- Chega, né? Seu doido...se a gente não entrar, eu vou embora.

- Alguém já disse que você fica irresistível embaixo desse guarda-chuva?

- Derrr.. Besta, hsdiosdhiod.

Ele se aproxima. Não desvia de seus olhos castanhos. O verde das folhas se mistura ao castanho num borrão. Batidas de coração o impulsionam. Ele a envolve. Água gelada ; corpos quentes. Ele toma o guarda-chuva, segura sua mão, chega perto do seu ouvido e sussurra:

- Prometo que não vou esquartejá-la.

Ela ri. Ele beija seu pescoço.

Seguem-se batidas imprecisas. Mãos apertando seu corpo e um longo beijo marcante que os faz perder a noção de tempo e espaço. Mãos que percorrem suas pernas. Intenso. Peito contra seios. Assim como veio, a chuva se entrega e para. Os dois caem em si e riem um para o outro.

                                                              To be Continued..

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O que ela quer..

Continuação do post: http://feelingsinyourhead.blogspot.com/2011/02/coracao-bandido-e-o-que-ela-tem.html


O que fazer quando o que ela mais quer é aquilo que está mais distante de conseguir? Ela tem o dom de imaginar, projetar, idealizar qualidades que não existem nele, ela quer moldá-lo do seu jeito e sonha que ele é do jeitinho que ela quer, mas ele não é nada disso. Aliás, ele é o completo oposto do que ela quer! E no fundo ela até sabe, mas será que não é isso que a atrai? O novo, o desconhecido, o arriscado parecem tão excitante de repente. Ela se questiona porque a vida sempre prega peças desse tipo nela, como por exemplo surpreendê-la sempre com coisas e pessoas totalmente diferentes do seu 'contexto', porque aquilo não estava previsto para acontecer, não estava nos seus planos metodicamente organizados e é exatamente por isso que acontecem com ela. O contrário e inesperado sempre a persseguem, e ela talvez não saiba, mas ela tem uma atração perigosa pelo imperfeito. Ela só fala do perfeito, mas é o imperfeito que atormenta suas noites solitárias. De uma hora pra outra são os defeitos que mais intrigam e o que ela quer é descobrir, de alguma forma se aproximar e entender um pouco aquele que é o responsável pela sua insônia. E se ele deixar, (mesmo ela não querendo, pelo menos não aparentemente), ela se rende às vontades e mistérios dele. Porque é isso que ela quer, poder penetrar nos mistérios mais obscuros de sua mente, ter super poderes agora seria a melhor solução. Ele nem imagina o poder que tem sobre ela.. não que ela seja submissa, mas quando o coração chama há algo que se possa fazer para não se render?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

my everything!


Amizade não é isso tudo que dizem não, é MUITO mais que isso. Amiga é aquela que quando você está com algum problema parece que pressente e te liga, e aparece de surpresa pra saber como você está. Que quando você está chorando por algum idiota te entende perfeitamente e xinga ele junto com você e fazem programas depressivos juntas, como comer porcarias e ver filmes de comédias românticas que fazem você chorar e ver que não é a única iludida no mundo. Que é aquela sua companhia indispensável pra sair e badalar, que te diverte como nenhuma outra, que tem muitas coisas em comum, que te faz rir com suas histórias e comentários sobre a vida alheia que você tanto gosta. Que te dá os melhores conselhos quando você não sabe mais o que fazer, e se não há nada para fazer, apenas te distrai pra não pensar naquilo que não tem solução. Que aceita fazer coisas que não gosta só para agradar você. Fazem planos e sonham coisas incríveis juntas, mesmo que eles nunca darão certo. É aquela pessoa que vem em primeiro lugar quando você se sente sozinha e quer alguém pra esquecer de tudo, porque dela você nunca vai se cansar nem trocar, em nenhum momento. Ela não trai sua confiança, e ainda fica indignada com suas outras ‘amigas’ que fazem isso. Ela te defende, se orgulha de você como nenhuma outra, e acredita mais em você do que você mesma, e te dá forças em algum ocasional momento de fraqueza. É aquela pessoa a qual a risada sai fácil, sem precisar ser forçada. É aquela amiga que nem sempre concordam em tudo, sempre tem ciúmes, mas nada que uma boa conversa não resolva. Aquela amiga que fica com você relembrando momentos, episódios engraçados, tristes, e assunto nunca é problema, sempre haverá, mesmo se não houver novidade sempre se pode apelar pras idiotisses que todas adoramos conversar. Amiga que você não consegue imaginar sua vida sem ela mais, que já é peça fundamenta na sua vida. Que mesmo não se falando todos os dias, não é motivo pra amizade diminuir, nem a distância pode atrapalhar, porque mesmo longe é como se ela estivesse junto de ti o tempo todo. É, eu tenho essa amiga, ela mora longe, talvez não nos falemos todos os dias por incompatibilidade de horário das duas, e talvez ela não preencha todos os quesitos citados acima, mas pra mim ela é a amiga perfeita. A melhor amiga que existe, e ela é minha! E ah!, ela está de aniversário hoje, meus parabéns Rafaela <3 Te amo muito.
O principal problema - um dos principais problemas, pois são muitos -, um dos principais problemas em governar pessoas está em quem você escolhe para fazê-lo. Ou melhor, em quem consegue fazer com que as pessoas deixem que ele faça isso com elas.
Resumindo: é um fato bem conhecido que todos os que querem governar as outras pessoas são, por isso mesmo, os menos indicados para isso. Resumindo o resumo: qualquer pessoa capaz de se tornar presidente não deveria, em hipótese alguma, ter permissão para exercer o cargo. Resumindo o resumo do resumo: as pessoas são um problema.
Então esta é a situação que encontramos: uma sucessão de presidente galácticos que curtem tanto as diversões e bajulações decorrentes do poder que muito raramente percebem que não estão no poder.
E, nas sombras atrás deles - quem?
Quem pode governar se ninguém que queira fazê-lo pode ter permissão para exercer o cargo?

trecho do livro Guia dos Mochileiros das Galáxias, volume 2, O restaurante no fim do Universo, Adams Douglas, Capítulo 28, pg 140

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Coração bandido, é o que ela tem.


Ela tem um coração bandido, e tudo que ela quer é ter alguém por perto. Ela não se importa que ele não seja perfeito, ela até gosta dos defeitos, contanto que ele respeite os defeitos dela. Ela pode sair com mil caras e tentar mostrar pra todo mundo que está feliz desse jeito, mas não é isso que ela realmente quer, tudo que ela quer é ter alguém que a esteja esperando quando voltar pra casa. Ela quer ter pra quem ligar para contar qualquer bobagem que aconteceu no seu dia, ou desabafar um episódio de stress por qual passou, mas ela não quer que essa pessoa seja a melhor amiga. Ela adora festas, bebedeiras, diversão com as amigas, mas gostaria de ter alguém e ficar sentada com ele vendo o entardecer, sem fazer absolutamente nada, só apreciando a companhia um do outro. Ela queria ligar pra ele antes de dormir e desejar boa noite e ouvir ele dizer que vai sonhar com ela como todas as noites. Ela quer sentir muitas saudades e quando vê-lo pular em seus braços e se entregar. Ela quer viver todos esses momentos pra poder ficar revivendo eles em seus pensamentos e rindo sozinha que nem boba apaixonada. Quer ter alguém pra levar a todos os lugares, até naqueles programas chatos de família que nenhuma amiga quer te acompanhar, porque sabe que se ele for tudo vai ser bem melhor. Ela quer que ele lhe traga um presente, ou faça qualquer surpresa fofa em uma data não esperada. Ela quer que ele atualize o perfil do facebook para 'ele está num relacionamento sério com..' Ela quer que ele diga a cada dia como está se sentindo feliz por estar com ela, e como ela o completa. Ela quer se preocupar com alguém, igual ou até mais do que se preocupa consigo mesma, quer amar intensamente, se deixar levar, descobrir e tudo mais que houver! É, realmente ele não é esse cara perfeito, ele não fará tudo isso que ela quer acima, ele pode até fazer o contrário muitas vezes, trair sua confiança, decepcionar, até irritar muitas vezes, mas ela o quer mesmo assim. Porque tudo que é inesperado é mais divertido do que o imprevisível, e tudo que ela quer é ter alguém por perto.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

40 motivos para se casar com um jornalista!

1.Jornalista geralmente é criativo, ele vai surpreender você quando menos esperar;


2.São curiosos e antenados, você sempre ficará por dentro de tudo que acontece;

3.Eles não ganham bem, mas isso é bom porque vocês podem aprender a economizar dinheiro;

4.No Natal, Ano Novo, Carnaval… eles provavelmente estarão na redação. Mas, pense pelo lado positivo: antes trabalhando do que vagabundando;

5.E outra! Trabalhando muito, eles não têm tempo de se interessar por outra pessoa;

6.Eles não são bons de matemática, mal sabem somar e subtrair; mas, para que saber isso se são os mestres da escrita?;

7.Acostumados com pautas, são bem organizados e planejam bem as coisas antes de fazê-las;

8.Como é fissurado por fontes, quando você tiver uma ótima ideia, ele não vai dizer aos amigos que foi coisa da cabeça dele. Dará todas as honras para você!;

9.Como vivem numa rotina corrida, não tem muito tempo para opinar nas coisas da casa. O que você fizer, ele vai achar lindo;

10.Tudo é um grande brainstorm (tempestade de ideias). Monotonia não vai entrar na sua casa!;

11.Quando vocês brigarem, ele não vai achar que a opinião dele é a melhor. Tem que ouvir todos os lados de um fato, ele saberá analisar a situação!;

12.Em coberturas de grandes eventos, você poderá entrar de gaiato. Cada final de semana em um lugar diferente: jogos de futebol, avenida de escola de samba, lançamento de livros…;

13.Mantêm revistas e jornais no banheiro. Você nunca ficará olhando para o vácuo enquanto faz suas necessidades fisiológicas. Ganhará conhecimento!;

14.Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (o seu Zé, a Dona Maria, o Juquinha…) Todos com ótimas histórias de vida que vocês podem usar no cotidiano também para se tornarem pessoas melhores!;

15.Não vai faltar café na sua casa. Café e jornalista são praticamente sinônimos;

16.Ele pode escrever os votos matrimoniais da sua irmã, criar o conteúdo do site de negócios do seu pai, ensinar sua mãe a tirar fotos das amigas nos eventos do bairro. Ele aprende de tudo um pouco e gosta de compartilhar!;

17.Tudo para o jornalista tem uma explicação. Eles nunca vão se contentar com a primeira versão de um fato. Você sempre terá uma resposta, mesmo que demore;

18.São ótimos investigadores. Se alguém no trabalho passar a perna em você, rapidinho ele descobre quem é!;

19.Como trabalham muito, não tem tempo para beber demais, fumar, se envolver com drogas… Você terá um companheiro saudável!;

20.Tá bom, vai… eles não costumam comer coisas muito saudáveis. Mas se você for legal e fizer comida para ele levar ao trabalho, isso se resolve rapidinho, não é? =);

21.Suas viagens nunca serão monótonas! Se acontecer qualquer movimento estranho, ele vai logo querer saber o que é e infiltrará você junto para desvendar o problema;

22.Amam roupas leves e simples no dia a dia. Você não vai gastar muito dinheiro com isso;

23.Mas também sabem se arrumar bonitinhos para os eventos. Você terá um parceiro que sabe ser simples, mas também sabe arrasar. Tudo vai depender da ocasião;

24.A agenda é o seu melhor amigo. Mas, não fique com ciúmes! Pense pelo lado positivo, nunca vai esquecer nenhuma data importante, porque tudo fica rigorosamente descrito lá;

25.Eles não ficam irritados com “nãos”, afinal, estão acostumados com assessorias de imprensa que não querem divulgar os bafões. Você não terá um companheiro irritado, mas, em compensação ele não vai desistir até conseguir o que quer. Mas só de não se grosso já vale, não é!?;

26.Como são antenados, também sempre ficam sabendo das novidades tecnológicas primeiro. Às vezes, até ganham de presente para testar a ferramenta. Você terá tudo em primeira mão na sua casa;

27.Eles não se importam com calor, chuva, trovões… afinal, precisam estar onde a notícia está! Você poderá ir na praia com 50 graus tranqüila ou aquela viagem dos sonhos pode se tornar um pesadelo no caos de São Paulo que ele não vai blasfemar. Ainda vai dar risada da situação;

28.Acham que podem salvar o mundo com uma matéria. Olha que sensibilidade!;

29.Eles sempre sabem tudo todo o tempo;

30.Gostam de música para acalmar;

31.Leem livros raros, histórias para crianças e semiótica… Seus filhos serão super dotados se depender dele;

32.Sua vida social é infinitamente grande. Você nunca poderá reclamar que não conhece gente nova;

33.Eles estão acostumados com coisas chatas e sabem contorná-las muito bem. O casamento nunca vai virar algo monótono;

34.Eles gostam de camisas com estampas de alguma brincadeira sobre algo atual. Suas amigas vão ficar com inveja do seu companheiro inteligente;

35.Eles sempre têm uma opinião sobre qualquer coisa na face da Terra. Durante uma conversa entre amigos, vocês nunca ficarão apagados;

36.A maioria gosta de virar psicólogo, técnico de futebol e médico às vezes. Você terá um companheiro mil e uma utilidades;

37.Por causa da profissão, são forçados a aprender mais de um idioma. Você vai ouvir “Eu te amo” em, pelo menos, umas três línguas diferentes;

38.A primeira coisa que seu filho vai aprender é que a informação é a alma do negócio. Com dois anos, sua fofurinha vai saber o que é aquecimento global, mercado financeiro e já saberá criticar políticos;

39.Gostam de mudar de cidade, estado e até de país. Você conhecerá muitos lugares!;

40.Assistem documentários e vão a museus o tempo todo, não importa o que seja. Ô cultura!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nem todas canções vão dizer o que eu sinto..

embora muitas vezes expressem exatamente aquilo que estou pensando. Sabe aquela famosa sensação de que aquela música foi feita pra você? É então, mas isso nem sempre dá certo. Tem vezes que nada pode expressar um determinado sentimento, seja amor, raiva, dor, agonia, felicidade, ou todas elas juntas. Nenhuma palavra parece ser adequada o suficiente para nomear a sensação e você fica sem o que ter o que dizer, e isso é tão frustrante. Porque você quer que as pessoas saibam como você se sente, mas não consegue decifrar, explicar, traduzir! E você se sente mal por não conseguir dividir com alguém essa 'emoção', mas ao mesmo tempo é algo tão pessoal, você pensa: 'em um mundo em que você está sendo vigiado a todo momento, que não tem liberdade pra quase nada, pelo menos uma coisa ninguém pode invadir (AINDA): meus sentimentos e pensamentos' e isso, de certa forma, te dá um conforto incomparável..
Só há um momento em que alguém consegue entender seu sentimento, quado a pessoa sente o mesmo! Mas isso é uma coisa que você nunca vai ter certeza, a dúvida cruel de pensar se a pessoa sente o mesmo é constante, e isso persegue todo e qualquer ser humano inseguro. Mesmo assim eu penso, será que algum sentimento pode ser igual ao outro? Difícil dizer, já que o ser humano é tão subjetivo, cheio de detalhes tão característicos..Se inventassem um especialista geral de coração  (igual mencionei em um post anterior) , poderiam junto com ele inventar uma máquina de medição de sentimentos! Seria bem esclarecedor.. ou não!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Reestruturação Alimentar

O passado histórico do Brasil sempre teve problemas sociais integrados. Um deles é a má distribuição da alimentação, em que há pessoas com fartura de opções, e aqueles que não tem opção nenhuma.
O hábito alimentar de cada um está intimamente ligado com a sua cultura, religião e, de forma indireta, expressa seu estado de espírito em determinado momento. Assim, se uma pessoa faz regime, significa que não está satisfeita com o seu corpo; e se alguém ingere diversas frutas e verduras é considerada uma pessoa equilibrada nutricionalmente, e assim por diante.
A partir da má alimentação das pessoas, surgem doenças como: cardiovasculares, obesidade. diabetes, câncer e anorexia. Esta última, tornou-se mais comum entre jovens que desejam o inalcançável, querendo chegar a um índice de magreza fora do normal buscando o padrão que seria o "ideal" para ser aceito na sociedade.
E é a mídia quem influencia tanto no padrão de beleza estabelecido, quanto na transmissão de propagandas de alimentos gordurosos. Um exemplo é o famoso fast food, que facilitou a vida dos moradores da metrópole, que vivem na correria e buscam comida boa e rápida. Entretanto, se diz boa apenas por serem saborosas, pois não são nada saudáveis.
Cada vez mais se faz necessário uma educação alimentar, em que as pessoas sejam informadas da importância de consumir todo tipo de alimento, mas sem excessos. E deve haver , também, um alerta sobre as doenças relacionadas à má alimentação, pois não há nada como uma dieta balanceada para o bem-estar físico e mental dos seres humanos.
Portanto, além de haver intensificação de campanhas a favor de cmidas saudáveis, deve haver maior preocupação com aqueles que não possuem renda para suprir suas próprias necessidades básicas.