sábado, 27 de novembro de 2010

dogs, dogs..

" Um cão não vê utilidades em carros elegantes, nem em casarões, nem em roupas de grife,
um graveto serve para ele. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, talentoso ou
sem graça, inteligente ou burro, dê a ele seu coração e terá o dele. De quantas pessoas
você pode dizer isso? Quantas pessoas a fazem sentir único, puro e especial? Quantas
pessoas o fazem sentir-se extraordinário? "

vídeo: Marley e eu

Assistindo 'Marley e eu' pela quarta vez agora a pouco, não consigo não chorar e não consigo não parar pra pensar justamente nessa última mensagem que postei acima. Perceber que um cachorro é muitas vezes, melhor que o ser humano. O cachorro não se importa com riqueza, status, esperteza, ele não tem preconceitos, ele só quer se fazer presente, ele só quer ser companheiro, e consegue ser, GRANDE ainda!
E por que as pessoas não são assim? Não estão ali quando você mais precisa, te decepcionam quando você menos espera, querem ser melhores do que as outras, sempre tentando levar vantagem em algo, mostrar que podem/tem mais? Isso é uma satisfação interna por um acaso, ser aparentemente melhor do que os outros? Porque não consigo compreender, o que se pode levar disso na vida? Alguém pode olhar pro passado e se orgulhar de atitudes tão mesquinhas? Prefiro mil vezes ter boas lembranças e a consciência de que fui sincera, feliz, e entreguei meu coração às pessoas mesmo me machucando, do que pensar que me dei bem na vida por ter levado alguma vantagem em algum momento aleatório..É isso que você vai contar pros seus filhos, o quanto você foi 'esperto'? Vai ensiná-los a ser assim também?
Assim como os cachorros, os seres humanos podiam se respeitarem e se enxergarem com inocência, com uma preocupação verdadeira, sem falsidades, sem disputa.. Acho que estou precisando de muitos cachorros, e vocês?
Só um desabafo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ser diferente é normal

O que seria a diferença? O que faz com que uma pessoa seja "diferente" de você? Essa palavra pode ter muitos significados e fazer realmente toda a diferença.
Se a palavra diferença fosse definida como toda e qualquer pessoa que não seja igual você ninguém seria igual a ninguém, mas realmente uma pessoa não pode ser igual a outra, não por etnias, cores, religiões, enfim culturas diversas, mas sim pela formação que cada ser humano possui, por seus princípios individuais, sua filosofia, seu modo de vida, de pensar, de agir, de realmente ver o mundo e encará-lo à sua maneira.
A diversidade se vê presente aonde for e conviver com ela pode não ser muito fácil, pode até haver discordância de ideias, opiniões contrárias e isso realmente é importante para o desenvolvimento humano, porém, o respeito deve ser indispensável nas relações entre as pessoas.
A exclusão de pessoas que diferem do seu ambiente pode gerar conflitos, ainda mais aquelas que precisam visivelmente de recursos para fazer parte de uma sociedade. Se um indivíduo não for respeitado ele não terá respeito por ninguém também.
Existem diversas desigualdades, tanto sociais como econômicas, em que prevalecem o preconceito a pessoas pobres, negras, homossexuais, de outras religiões, nacionalidades, pessoas portadoras de deficiência e, até mesmo quanto ao estilo de música. Muitas vezes essa xenofobia chega até a agressões físicas.
Cada pessoa se faz única, um ser singular, movido pelos seus sonhos e objetivos. Quando a própria pessoa se designa diferente dos demais, mostra-se preconceituosa consigo mesma, e isso dá motivos para que os outros vejam com outros olhos também, por isso o respeito deve partir de si mesmo.
Compreender e aceitar a própria diferença é o primeiro passo para se relacionar com as pessoas ao seu redor e entender que todos são iguais perante a lei, mas com suas respectivas particularidades. O bom convívio com o meio rege o início para um futuro em que as pessoas viverão em harmonia. Um futuro de ações humanizadas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Preconceito tem nome: bullying

Em uma era de transformação mundial, não é nenhuma surpresa que, aderidos ao avanço tecnológico, estejam novos problemas. Na verdade, esses problemas sempre existiram, mas não com a mesma intensidade, ou pelo menos não com um nome próprio: "bullying".
Esse ato de perseguir e agredir moralmente os outros já virou rotina nas escolas e até mesmo no trabalho, nesse último caso apelidou-se tal assédio moral de "mobbing". Desde muito pequenas, as crianças sofrem essa humilhação, algumas são as vítimas e outras as que perseguem. Pode parecer apenas uma brincadeirinha ingênua, mas a partir do momento em que isso se torna uma diversão diária, pela qual as pessoas tomam gosto e, principalmente, quando a vítima se sente intimidada, a proporção pode aumentar significativamente.
Além dessa perseguição no ambiente escolar ou profissional, existem pessoas agredidas via internet, esse fenômeno é chamado de cyberbullying. Os praticantes, para atingirem o seu alvo, são capazes de tudo. Criam sites difamando-as, fazem montagens de fotos comprometedoras e ainda, se fazem passar por elas através de perfis falsos, acabando com a sua credibilidade.
Essa agressão pode gerar, nas vítimas, problemas de baixa auto-estima, dificuldade em se relacionar com a sociedade, depressão, muitas vezes pode até levar ao suicídio. Quanto aos autores do bullying, no futuro podem se tornar adultos violentos e criminosos. Além do mais, essas perseguições provocam um grande trauma na vítima, que vai guardando isso para si, até chegar num momento de entrega os pontos e reage. Existem muitos casos desse gênero, em que o indivíduo por vingança de todos os anos que sofreu provocações mata os colegas, muito deles inocentes e, depois se matam.
Observa-se que algumas pessoas sentem prazer em fazer os outros se sentirem mal, como se isso fosse fazê-las melhores, superiores aos demais. Quem agride alguém dessa maneira, agride a si mesmo e possui um problema sério de baixa auto-confiança, em que a pessoa precisa se firmar prejudicando quem está a sua volta, seja por inveja ou não.
O primeiro passo para o fim dessa violência é as pessoas tomarem consciência de que existem diferenças entre uns e outros, e o segundo passo é aprender a respeitá-las.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Catraca: uma barreira invisível

Um grupo artístico denominado Contra Filé colocou uma catraca enferrujada no centro de São Paulo, criando um "monumento" à catraca invisível, elaborando assim, um programa a favor da "descatralização da vida", que seria a desmistificação dos paradigmas impostos pelo governo sobre os cidadãos.
Essa alusão da catraca a um monumento abre os olhos da população sobre o símbolo de controle que a catraca representa, e expande a mente para uma interpretação mais profunda, a de que o estado exerce poder efetivo na sociedade. Não é a catraca em si, mas é seu significado o que está por trás que chama a atenção e convida à reflexão.
Sabe-se que viver implica ao ser humano a adaptação à normas, regras que podem ter sido delimitadas por leis ou pelos próprios seres humanos, ou seja, o que se entender por "padrão de vida", aquilo que a sociedade aceita, que se encaixa na definição de comum e normal de cada um. O problema é que há uma força do governo em torno tanto do capital, quanto da consciência das pessoas, visando o lado mais favorável a eles, ao bolso deles.
Esse programa de descatralização da vida propõe uma maior liberdade de expressão, em que as pessoas ultrapassem as limitações que são encontradas diariamente. É de extrema importância que um indivíduo formule suas opiniões, debata, explore, aja. O essencial é movimentar-se e não aceitar tudo que for dito de cabeça baixa, concordando com algo a qual não ache certo. Ninguém é criminoso por pensar diferente.
Há de se extinguir as catracas invisíveis do mundo, a partir do momento em que as pessoas aprenderem a olhar uns aos outros de modo menos julgador e mais humano, sendo capaz de transformar o meio onde se vive em conjunto, ao contrário da barreira individualista que a catraca estabelece.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Trabalho: necessidade

Existem diversas concepções de trabalho, que desde muito tempo foi criado e está em constante transformação devido às descobertas do homem moderno e suas respectivas ideias renovadoras.
Trabalho pode ser definido como: qualquer esforço físico realizado, que provoca alguma mudança no estado natural das coisas. Mas, ao longo dos anos, essa visão foi sendo modificada e hoje, remete a um esforço físico e intelectual necessário para a sobrevivência. Mesmo com toda a tecnologia avançada, máquinas computadorizadas que aumentam a capacidade de produção em um curto espaço de tempo, ao invés de disponibilizarem mais tempo ao lazer das pessoas, ao contrário, as tornam cada vez mais escravas do trabalho.
Alguém que não trabalha por opção, é logo chamado de vadio, e quem não trabalha por falta de emprego, é visto como coitado, que não teve chances de estudo e boas oportunidades na vida, o que caracteriza boa parte dos brasileiros. Trabalho se tornou sinônimo de capital, é preciso trabalhar para se sustentar e se incluir na sociedade.
Mas também, não são todos que correm contra o tempo e trabalham por obrigação, há quem consiga unir e trabalho e lazer em um só. É o caso da arte, da pintura, da literatura, pois pode demorar anos para a obra ser concluída, um trabalho demorado, minucioso e prazeroso feito através de um dom recebido, que explora a capacidade de imaginação de uma pessoa. Entretanto isso é restrito a uma pequena parcela da população.
Não se pode saber ao certo no que  o trabalho irá ser transformado, qual o futuro que o reserva, embora, certamente continuará havendo essa atividade, talvez com outro nome, porém, com a mesma finalidade: um processo de crescimento pessoal e garantia da sobrevivência.

domingo, 7 de novembro de 2010

O inferno são os outros

A mania da humanidade consiste em analisar e julgar os outros, mas nunca a si mesmo. Enxergam os defeitos dos outros, mas nunca os próprios. Generalizam e rotulam as pessoas, mas não se incluem nesses rótulos. O mundo pode estar em constante evolução, mas certas coisas não evoluem jamais.
O povo brasileiro, como todos os outros, tem a percepção dos problemas, das carências que o país sofre, entretanto, não fazem nada para mudar essa situação e mesmo assim, continuam insatisfeitos. Exigem dos demais o que não são capazes de fazer. Essa característica prevalece sobre a maioria da população, são poucos os que se veem com espírito crítico.
De acordo com estatísticas, 98% dos brasileiros não se consideram racistas, porém, 90% dos brasileiros acredita que há racismo no Brasil; 67% se considera muito feliz, mas apenas 23% acredita que o povo brasileiro é feliz; e 78% afirma não confiar nos políticos, por outro lado, 81% dos brasileiros não se lembram em quem votaram nas últimas eleições.
Isso comprova a hipocrisia existente no país, pois os brasileiros sabem que são racistas e fingem que não são, ou que pelo menos não é com ele, enquanto diariamente se vê atitudes extremamente preconceituosas. Mais da metade dos brasileiros são felizes, mas veem os outros como infelizes, será que não é a sua própria vida que é uma "farsa"? Grande parcela das pessoas não confia nos políticos, chamam-os corruptos, mentirosos, etc; todavia, nem se lembram em quem votaram, ou seja, não cobram seus direitos e não pressionam as autoridades a efetuarem suas promessas.
Essa comodidade sempre existiu e, por mais que o tempo passe não há transformação. Sábio é aquele que vê seus defeitos e aprende com eles, enquanto outros permanecem na sombra da ignorância.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Caminhos da Amizade

Desde o surgimento do homem vemos relações de convivência harmônica e de proteção do grupo, uns defendendo os outros de inimigos e animais, e por mais que possuíssem atitudes brutais, pode-se dizer que já eram indícios de um sentimento de amizade.
Ao longo do tempo, esse sentimento foi se construindo e hoje, é difícil encontrar uma pessoa sem amigos, se não os tem é por escolha própria ou algum tipo de discriminação. Amigo pode ser qualquer um que ofereça apoio e tenha carinho por cada um, como os pais, parceiros, etc. Amizade é essencial na vida das pessoas, desde sempre é destacada sua importância na formação dos seres humanos, que necessitam se relacionar, estabelecer laços de fraternidade, aprendendo a se preocupar com o próximo.
Não é difícil encontrar um amigo, o difícil é encontrar um bom amigo, em quem possa confiar acima de tudo, com quem possa desabafar, compartilhar os momentos bons e ruins, que dê bons conselhos e deseje a felicidade do outro. Encontram-se muitos falsos amigos, que se aproximam apenas visando algum interesse, e quando não há mais vantagem em manter a amizade, desaparecem.
Com o avanço de vários meios de comunicação, como a internet, surgiram também as amizades virtuais, possibilitando encontrar pessoas com quem tenha afinidade e cresça uma grande amizade, mostrando que não é preciso estar perto para que isso aconteça. Também, a internet possibilitou o contato entre amigos passados que tiveram que se separar devido a mudanças de cidades e outros fatores, mantendo o elo de cumplicidade entre ambos.
Ter amizades é uma forma de amar aos seus semelhantes, e projetar a alegria da sua vida na vida dos outros e fazer com que isso se torne um ciclo afetivo que garanta o bem estar da humanidade.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Consciência Moral

A corrupção política no Brasil não é uma prática recente e está ligada a inúmeros fatores e vícios que a sociedade carrega há muito tempo. Nada surge de repente, sem nenhum propósito ou motivo, então com a corrupção não poderia ser diferente. No dicionário corrupção significa: ato de corromper, depravação, suborno. A partir disso, pode-se pensar que não são apenas políticos que praticam essa ilegalidade, mas sim pessoas comuns.
Tal comportamento pode ser verificado diariamente quando veem-se cenas de corrupção por todas as partes, uma propina aqui, um amigamento acolá, um fura fila privilegiado por ser "conhecido" de um conhecido, e por aí vai. Analisando individualmente essas situações pode não parecer grande coisa, mas na realidade esses atos imorais são a base que desencadeiam outras corrupções.
Assim, se alguém infringe alguma lei, regra ou vai contra os princípios do ser humano, isso serve de exemplo para outras pessoas, que se sentem no direito de fazer o mesmo. Uma pessoa que permite que a corrupção entre na sua vida, tanto ativamente quanto passivamente, não tem o direito moral de exigir qualquer coisa. Ao invés de olhar ao redor e apontar os erros dos outros, deve-se olhar primeiro para si mesmo, o importante é fazer um auto-julgamento crítico.
Ser honesto e fazer valer nossos direitos é o primeiro passo para o brasileiro ser respeitado, para que nenhuma outra autoridade tenha a audácia de dizer que não se importa com a opinião pública, e ainda fique orgulhoso do que disse. Enquanto o povo permitir e continuar a eleger tais políticos, não haverá nenhuma mudança.
Não é possível exterminar a corrupção para sempre, mas pode-se diminuí-la consideravelmente, a partir do momento em que haja uma legislação efetiva e consciência moral dos cidadãos, transformando esse legado cultural de valores distorcidos em uma humanidade melhor.