O idoso está sujeito ao pouco que lhe é oferecido na sociedade: pouca disponibilidade de atividades que poderiam estimular a memória, a criatividade e a própria aprendizagem sobre algo inovador e tecnológico, que os fizessem acompanhar as transformações do mundo moderno. Além de respeitar o idoso, valorizá-lo, de modo geral, é indispensável para criar um meio agradável para a sua vivência.
Em outras culturas, como se pôde observar, por exemplo na novela "Caminho das Índias", o idoso é extremamente valorizado e respeitado, tendo a posição mais importante na família. Qualquer decisão a ser tomada é levada a ele para que dê sua opinião. Ou seja, acreditam na sabedoria e experiência de vida dos mais velhos para resolução dos problemas. Por outro lado, no Brasil, não se vê essa consideração com os idosos, pelo contrário, muitos deles são maltratados moralmente, fisicamente ou são tratados com indiferença pela maioria da população.
Diariamente, são repetidas cenas como a dificuldade dos idosos em subir escadas, ou até mesmo em atravessar ruas, ou ainda, aqueles que ficam em pé no ônibus, os quais mesmo tendo assento especial, são impossibilitados de sentar. Isso ocorre por falta de caridade e educação dos jovens e adultos que não respeitam os direitos básicos dos idosos. Até mesmo em alguns asilos, que deveriam ser casas de "repouso", mas ao contrário, lá são testemunhadas, muitas vezes, a violência que a terceira idade sofre e as carências de infra-estrutura e alimentação que existem nesse ambiente.
Desse modo, o ideal seria a criação de campanhas de incentivo dos mais velhos às atividades esportivas e culturais e o melhor modo de divulgar propagandas de inserção é através da mídia, que é um meio viável a todos. Também seria interessante a criação de novos espaços de lazer, arte e cursos de aprendizagem que disponibilizassem o espírito criativo e capacitado de cada um. Além de uma reestruturação de asilos, suprimindo as necessidades de cada estabelecimento, havendo uma reavaliação dos funcionários, analisando o desempenho destes em suas atividades e comportamento para com os idosos.
Portanto, isso só se tornará possível no momento em que houver participação conjunta do Serviço público e da comunidade, preocupada em estabelecer políticas de inclusão daqueles que não começaram a viver agora, mas possuem tantos direitos quanto nós, ou até mais, de aproveitar as oportunidades oferecidas com vitalidade.