É difícil dizer quando faltam palavras para isso, não consigo te escutar por mais que aguce os meus ouvidos, te sinto tão longe, como se dessa vez realmente a distância fizesse alguma diferença. Eu não pedi pra isso acontecer, apenas me deixei levar por aquilo que mais cedo ou mais tarde iria acontecer da mesma maneira. De que adianta adiar o fim e prolongar a dor? Apesar das lembranças insistirem em bater na minha porta em todos os momentos que me sinto na mais plena solidão, isso não foi uma escolha. Foi a solução irremediável para não sentir-me mais da forma pungente, como estava me sentindo nos últimos tempos. As vezes me questiono se seria melhor ter deixado como estava - sentindo uma pontada no peito a cada dia - , mas penso que não. Melhor sofrer de uma vez e seguir em frente (como se dizer isso fosse fazer com que tudo passe mais rápido, como se eu pudesse esquecer). O que mais dói é ver como você seguiu adiante tão rápido, sem nem ter tempo de respirar e penso que já estava seguindo há muito mais tempo, só que esqueceu de me avisar. É, eu demorei pra perceber. Mesmo assim, de uma coisa eu tenho certeza, e isso compensa todas as outras e me faz até dar um sorriso, pois eu sei que pelo menos em alguma hora do dia, em que você está sentado olhando pela janela e se depara com QUALQUER COISA, eu estou ali no seu pensamento, pois aquilo te faz lembrar de alguma forma de mim, seu pensamento divaga e você sente um aperto no peito, de saudade. Você até pensa em comunicar-se de algum modo, mas o orgulho e talvez outra coisa não deixe e eu agradeço por isso, pois não sei se eu saberia lidar com isso de novo. Afinal, nenhuma cicatriz fecha tão rápido e mesmo quando fecha, ainda tem-se aquele medo de se machucar de novo, em que preferimos prevenir do que se arriscar...
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